quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Menina do Farol


Parei no farol e no meio de tanta gente que atravessava a rua eu reparei nela. Uma menina da minha idade, de short jeans e regata, mais baixa que eu, ela provavelmente tinha duas vezes os meus cinqüenta e dois quilos. De short jeans e regata. O dobro do meu peso.
Olhei pra baixo e vi a minha barriga. Olhei para o cós do jeans dela. Olhei pra mim de novo. Voltei a olhar pra ela. Ela conversava alegremente com a amiga, no meio da rua... duas vezes o meu peso. De short e regata.
Comecei a me perguntar porque eu estava de calca comprida, camiseta e tênis embaixo do sol, nos 32° de hoje a tarde. Porque ela consegue? Senti uma inveja tão grande daquela menina que desconfiei que ela iria tropeçar por causa do meu olhar.
Ela estava longe de mais pra eu ver direito quando os carros começaram a buzinar pra mim. O farol estava aberto e eu fui embora. Mas não vou esquecer essa menina tão cedo. A menina do farol.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Sinto por não ninguém ter entrado em contato comigo ainda.
Consegui o que queria para aquela viagem e tudo foi perfeito. Agora me pergunto como foi que em tão pouco tempo perdi o que precisava e em menos tempo ainda recuperei tudo?
Tenho saido com roupas que cobrem mais do que deveriam nesse calor. Tenho me olhado no espelho e chorado bastante. Tenho deixado de comer.
Segunda-feira é um dia especialmente complicado pra mim. É dia de jantar com meu pai pra falar como andam as coisas. Ou seja, além da pressão da conversa, vou ter que comer na frente dele.
Tudo tem estado complicado esses dias, estou começando a me desesperar.